Quem me conhece sabe que eu adoro ler e desde pequena, sempre fui “ratinha de biblioteca”. Gosto de diversificar e leio até bula de remédio. Por isso, neste mês de férias da faculdade, resolvi escrever este post com algumas propostas de leitura que me agradaram no decorrer destes anos. Você se lembra de algum livro que valeu a pena ler? Qual é o seu autor favorito? Compartilhe conosco aqui no blog!
Um abraço,
Taís
Por que não pediram à Evans – Agatha Christie
“Por que não pediram a Evans?” são as últimas palavras de um homem à beira da morte. A testemunha é Bobby Jones, um jovem que estava jogando golfe nas redondezas. O nevoeiro da noite pode ter sido a razão do homem ter dado um passo em falso e caído fatalmente de um penhasco. Mas quando Bobby sofre uma tentativa de envenenamento ele começa a pensar que alguém pode ter empurrado o homem lá de cima.
Agatha Christie constrói como ninguém um ambiente de suspense, no qual todos parecem culpados. Em Por que não pediram a Evans? a investigação é conduzida por um casal em constante clima de romance. Bobby Jones é o quarto filho do vigário de Marchbolt, e é um sem-rumo na vida. Já Frances é literalmente uma lady, filha do conde Derwent. Juntos, têm que descobrir quem, afinal, é esse homem e por que alguém se beneficiaria com sua morte. Pistas, possuem apenas duas: a frase proferida no último suspiro de vida e uma foto de uma bonita moça encontrada no bolso do falecido que, no decorrer das investigações, é misteriosamente roubada.
O mundo de Sofia – Jostein Gaarder
Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece.
O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste fascinante romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de "lição" em "lição", o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo surpreendente.
O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry
O Pequeno Príncipe foi escrito e ilustrado por Antoine de Saint-Exupéry um ano antes de sua morte, em 1944. Piloto de avião durante a Segunda Grande Guerra, o autor se fez o narrador da história, que começa com uma aventura vivida no deserto depois de uma pane no meio do Saara. Certa manhã, é acordado pelo Pequeno Príncipe, que lhe pede: "Desenha-me um carneiro"? É aí que começa o relato das fantasias de uma criança como as outras, que questiona as coisas mais simples da vida com pureza e ingenuidade. O principezinho havia deixado seu pequeno planeta, onde vivia apenas com uma rosa vaidosa e orgulhosa. Em suas andanças pela Galáxia, conheceu uma série de personagens inusitados – talvez não tão inusitados para as crianças!
Um rei pensava que todos eram seus súditos, apesar de não haver ninguém por perto. Um homem de negócios se dizia muito sério e ocupado, mas não tinha tempo para sonhar. Um bêbado bebia para esquecer a vergonha que sentia por beber. Um geógrafo se dizia sábio mas não sabia nada da geografia do seu próprio país. Assim, cada personagem mostra o quanto as “pessoas grandes” se preocupam com coisas inúteis e não dão valor ao que merece. Isso tudo pode ser traduzido por uma frase da raposa, personagem que ensina ao menino de cabelos dourados o segredo do amor: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.
Antoine de Saint-Exupéry via os adultos como pessoas incapazes de entender o sentido da vida, pois haviam deixado de ser a criança que um dia foram. Entendia que é difícil para os adultos (os quais considerava seres estranhos) compreender toda a sabedoria de uma criança.
Desta fábula foram feitos filmes, desenhos animados, além de adaptações. Muitos adultos até hoje se emocionam ao lembrar do livro. Talvez porque tenham se tornado “gente grande” sem esquecer de que um dia foram crianças.
A Revolução dos Bichos – George Orwell
Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.
De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética.
De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética.
Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A revolução dos bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto.
Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens...
Até o próximo post!
Tais,
ResponderExcluirGostei muito de um que li a muitos (nao importa quantos rs) anos atra's, chama-se Beau Geste do PCWren, sei que ele tem uma coletanea destes (Bea Ideale...), infelizmente, nunca mais encontrei um desses..
Bjs..
Iracy
tais,
ResponderExcluirli alguns livros mencionados como: o pequeno principe e o mundo de sofia;assim como vc eu era assidua em uma biblioteca.um livro que gostei e acho que é infatil mas é legal: "longe é um lugar que não existe"- richard bach.
bjos.
erika
A revolução dos bichos é um dos meus favoritos, tenho uma edição de aniversario linda. O m de sofia jamais vou ler. O pequeno príncipe foi meu Primeiro livro lido em francês há um mês atrás!!!. Richard Bach nunca mais vou ler. A agatha christie eu não sei. Você sabe, um de meus livros favoritos que você deve gostar é "The catcher in the Rye" em inglês, estou evitando ler traduções. Mesmo prosa os originais são sempre melhores. Também "Catch 22" é muito bacana.
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